Não é um eu
Eu sou uma antena
Todos são antenas seletivas
Mas uma seleção condicionada
Quanto mais você se desliga da ideia de um eu
Mais você captará
Do que outras antenas captam
E do que está além das antenas
Aquilo que é tão sutil
Tão superior em vibração
Que quase nenhuma antena captou
Essa informação está tão além do comum
Que dificilmente poderá ser entendida ou aceita
Mas ela dirá tudo sobre o moer da grande maquinação
Num rolar e moer em infinitas voltas
Retornando sempre tudo e de novo e de novo
Isto soará tão libertador
Que você verá que não há nada mais a ser feito
Além de seguir seu caminho
Seu desígnio
E talvez
Com extrema habilidade
Sintonizar outras antenas
Para quem sabe
Elas n’alguma volta
Captarem a sutil verdade
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