Amigos,
estive um tempo quase completamente afastado da internet, por isso não houveram
postagens nesse tempo, mas agora voltarei a postar e com mais frequência.
Espero que todos continuem acompanhado e convidando amigos ou interessados no
budismo. Estive também lendo muitos textos, suttas e livros nesse tempo e
espero poder compartilhar algumas dessas leituras aqui.
Procuro
publicar as leituras que mais me orientaram, ou que orientem e ou que estimulem
a prática. E também, como é a proposta do blog, apresentar e estimular a
leitura dos suttas. Que todo o que por aqui passar possa encontrar um local
onde tenha esse tipo leitura e inspiração. Um local onde o leitor possa ser
inspirado a buscar orientar sua prática também nas palavras do Buda e também
nelas encontrem, como eu, uma inspiração, um refúgio e uma felicidade por estar
bebendo diretamente dessa fonte maravilhosa...
Aqui hoje um
texto que se puder inspirar você a experimentar o ensinamento budista na
prática diária já será uma grande benção a esse mundo. E para aqueles que já
praticam que possa ser uma inspiração para estimular e compartilhar o dhamma.
Majjhima Nikaya 50
Maratajjaniya Sutta
A Repreensão a Mara
Traduzido do
Pali para o inglês originalmente por Bhikkhu Nanamoli, editado e revisado por
Bhikkhu Boddhi
Somente para distribuição gratuita como um presente do
Dhamma
1. Assim ouvi. Em certa ocasião o venerável Maha Moggallana
estava entre os Bhaggas em Sumsumaragira no Bosque de Bhesakala, no Parque do Gamo.
2. Agora, naquela ocasião o venerável Maha Moggallana
estava caminhando para cá e para lá ao ar livre. E Mara, o Senhor do Mal,
entrou na barriga do venerável Maha Moggallana e penetrou nos seus intestinos.
Então o venerável Maha Moggallana pensou o seguinte: “Porque a minha barriga
está tão pesada? Poderia se imaginar que está cheia de feijão.” Então, ele
parou de caminhar e foi para a sua habitação onde se sentou num assento que
estava preparado.
3. Depois de ter sentado, ele deu minuciosa atenção a
si mesmo e ele viu que Mara, o Senhor do Mal, havia entrado na sua barriga e
penetrado nos seus intestinos. Ao ver isso, ele disse: “Saia daí, Senhor do
Mal! Saia daí, Senhor do Mal! Não incomode o Tathagata, não incomode os
discípulos do Tathagata ou isso lhe trará dano e sofrimento por muito tempo.”
4. Então Mara, o Senhor do Mal pensou: “Esse
contemplativo não me conhece, ele não me vê quando diz isso. Até mesmo o mestre
dele não me conheceria tão rápido, então como pode esse discípulo me conhecer?”
5. Então o venerável Maha Moggallana disse: “Ainda
assim eu o conheço, Senhor do Mal. Não pense: ‘Ele não me conhece.’ Você é
Mara, Senhor do Mal. Você estava pensando assim, Senhor do Mal: ‘Esse
contemplativo não me conhece, ele não me vê quando diz isso. Até mesmo o mestre
dele não me conheceria tão rápido, então como pode esse discípulo me
conhecer?’”
6. Então Mara, o Senhor do Mal pensou: “O
contemplativo me conheceu, ele me viu quando disse aquilo,” saindo em seguida
pela boca do venerável Maha Moggallana ficou em pé contra a tranca da porta.
7. O venerável Maha Moggallana viu Mara ali em pé e
disse: “Eu também o vejo aí, Senhor do Mal. Não pense: ‘Ele não me vê.’ Você
está em pé contra a tranca da porta, Senhor do Mal.
8. “Certa vez aconteceu, Senhor do Mal, que eu era um
Mara chamado Dusi,[1]
e eu tinha uma irmã chamada Kali. Você era o filho dela, portanto você era o
meu sobrinho.
9. “Agora, naquela ocasião o Abençoado Kakusandha,
digno e perfeitamente iluminado, havia surgido no mundo. [2] O Abençoado
Kakusandha, digno e perfeitamente iluminado, tinha um auspicioso par de
discípulos principais chamados Vidhura e Sanjiva. Dentre todos os discípulos
do Abençoado Kakusandha, digno e
perfeitamente iluminado, não havia nenhum que se igualasse ao venerável Vidhura
no ensino do Dhamma. Assim foi como o venerável Vidhura acabou sendo chamado
‘Vidhura.’ [3]
Mas o venerável Sanjiva, ia para a floresta ou o pé de uma árvore ou uma cabana
vazia e entrava sem dificuldade na cessação da percepção e sensação.
10. “Certa vez ocorreu, Senhor do Mal, que o venerável
Sanjiva sentou ao pé de uma certa árvore e entrou na cessação da percepção e
sensação. Alguns vaqueiros, pastores e
lavradores que por ali passavam viram o venerável Sanjiva, que havia entrado na
cessação da percepção e sensação, sentado ao pé da árvore e pensaram: ‘É
maravilhoso, senhores, é admirável! Tem um contemplativo sentado ali,
morto. Vamos cremá-lo.’ Então, os
vaqueiros, pastores e lavradores juntaram capim, madeira e esterco de vaca e
depois de empilharem tudo contra o corpo do venerável Sanjiva, atearam fogo e
seguiram no caminho deles.
11. “Agora, Senhor do Mal, quando a noite terminou, o
venerável Sanjiva emergiu daquela realização. [4] Ao amanhecer,
ele sacudiu o seu manto e depois se vestiu e tomando a tigela e o manto externo
foi para o vilarejo esmolar alimentos. Os vaqueiros, pastores e lavradores que por
ali passavam viram o venerável Sanjiva esmolando alimentos e eles pensaram: ‘É
maravilhoso, senhores, é admirável! Esse contemplativo que estava lá sentado,
morto, ressuscitou!’ Assim foi como o venerável Sanjiva acabou sendo chamado
‘Sanjiva.’ [5]
12. “Então, Senhor do Mal, o Mara Dusi pensou o
seguinte: ‘Há esses bhikkhus virtuosos de bom caráter, mas eu não conheço as
suas idas e vindas. E se eu tomasse posse dos brâmanes chefes de família e
dissesse para eles: “Venham agora, abusem, insultem, censurem e perturbem os
bhikkhus virtuosos de bom caráter; então, talvez, ao serem abusados,
insultados, censurados e perturbados alguma mudança irá ocorrer na mente deles
e através dela o Mara Dusi poderá encontrar uma oportunidade.’” [6]
13. “Então, Senhor do Mal, o Mara Dusi, tomou posse
daqueles brâmanes chefes de família dizendo-lhes: ‘Venham agora, abusem, insultem,
censurem e perturbem os bhikkhus virtuosos de bom caráter; então, talvez, ao
serem abusados, insultados, censurados e perturbados alguma mudança irá ocorrer
na mente deles e através dela o Mara Dusi poderá encontrar uma oportunidade.’
Então, quando o Mara Dusi tomou posse dos brâmanes chefes de família, eles
abusaram, insultaram, censuraram e perturbaram os bhikkhus virtuosos de bom
caráter desta forma: [7] ‘Esses
contemplativos carecas, esses subalternos com a tez escura, descendentes dos
pés do Ancestral, [8]
reivindicam: “Nós somos meditadores, nós somos meditadores!” e com os ombros
caídos, as cabeças abaixadas e frouxas eles absorvem a si mesmos naquilo,
absorvem mais, cismam, filosofam..[9] Tal como uma
coruja sobre um galho esperando por um roedor absorve a si mesma naquilo, absorve
mais, cisma, filosofa, ou como um chacal na beira de um rio esperando por um
peixe absorve a si mesmo naquilo, absorve mais, cisma, filosofa, ou como um
gato esperando por um rato na soleira de uma porta ou num latão de lixo, ou num
escoadouro, absorve a si mesmo naquilo, absorve mais, cisma, filosofa, ou tal
como um burro sem carga, na soleira de uma porta ou num latão de lixo, ou num
escoadouro, absorve a si mesmo naquilo, absorve mais, cisma, filosofa, assim
também, esses contemplativos carecas, esses subalternos com a tez escura,
descendentes dos pés do Ancestral, reivindicam: “Nós somos meditadores, nós
somos meditadores!” e com os ombros caídos, as cabeças abaixadas e frouxas eles
absorvem a si mesmos naquilo, absorvem mais, cismam, filosofam.’ Agora, Senhor
do Mal, naquela ocasião a maioria daqueles seres humanos, ao falecerem, com a
dissolução do corpo, após a morte, renasceram num estado de privação, num
destino infeliz, até mesmo no inferno.
14. “Então, o Abençoado Kakusandha, digno e perfeitamente
iluminado, se dirigiu aos bhikkhus desta forma: ‘Bhikkhus, o Mara Dusi tomou
posse dos brâmanes chefes de família dizendo-lhes: “Venham agora, abusem,
insultem, censurem e perturbem os bhikkhus virtuosos de bom caráter; então
talvez, ao serem abusados, insultados, censurados e perturbados alguma mudança
ocorrerá na mente deles e através dela o Mara Dusi poderá encontrar uma
oportunidade.” Venham, bhikkhus, permaneçam permeando o primeiro quadrante com
a mente imbuída de amor bondade, da mesma forma o segundo, da mesma forma o
terceiro, da mesma forma o quarto; assim, acima, abaixo, em volta e em todos os
lugares, para todos bem como para si mesmo, permaneçam permeando o mundo todo
com a mente imbuída de amor bondade, abundante, transcendente, imensurável, sem
hostilidade e sem má vontade. Permaneçam permeando o primeiro quadrante com a
mente imbuída de compaixão ... com a
mente imbuída de alegria altruísta ... com a mente imbuída de equanimidade ... abundante, transcendente, imensurável, sem
hostilidade e sem má vontade.[10]
15. “Assim, Senhor do Mal, quando aqueles bhikkhus,
assim aconselhados e instruídos pelo Abençoado Kakusandha, digno e
perfeitamente iluminado, foram para a floresta ou o pé de uma árvore ou uma
cabana vazia, eles permaneceram permeando o primeiro quadrante com a mente
imbuída de amor bondade ... com a mente imbuída de compaixão ... com a mente imbuída de alegria altruísta ...
com a mente imbuída de equanimidade ... sem hostilidade e sem má vontade.
16. “Então, Senhor do Mal, o Mara Dusi pensou o
seguinte: ‘Embora eu faça o que tenho feito, ainda assim não conheço as idas e
vindas desses bhikkhus virtuosos de bom caráter. E se eu tomasse posse dos
brâmanes chefes de família e lhes dissesse: “Venham agora, honrem, respeitem,
reverenciem e venerem os bhikkhus virtuosos de bom caráter; então, talvez ao
serem honrados, respeitados, reverenciados e venerados por vocês, alguma
mudança na mente deles irá ocorrer e através dela o Mara Dusi poderá encontrar
uma oportunidade.’” [11]
17. “Então, Senhor do Mal, o Mara Dusi tomou posse
daqueles brâmanes chefes de família dizendo-lhes: ‘Venham agora, honrem,
respeitem, reverenciem e venerem os bhikkhus virtuosos de bom caráter; então,
talvez ao serem honrados, respeitados, reverenciados e venerados por vocês,
alguma mudança na mente deles irá ocorrer e através dela o Mara Dusi poderá
encontrar uma oportunidade.’ Então, quando o Mara Dusi tomou posse dos brâmanes
chefes de família, eles honraram, respeitaram, reverenciaram e veneraram os
bhikkhus virtuosos de bom caráter. Agora, Senhor do Mal, naquela ocasião a
maioria daqueles seres humanos, ao falecerem, com a dissolução do corpo, após a
morte, renasceram num destino feliz, até mesmo no paraíso.
18. “Então, o Abençoado Kakusandha, digno e
perfeitamente iluminado, se dirigiu aos bhikkhus desta forma: ‘Bhikkhus, o Mara
Dusi tomou posse dos brâmanes chefes de família dizendo-lhes: “Venham agora,
honrem, respeitem, reverenciem e venerem os bhikkhus virtuosos de bom caráter;
então, talvez ao serem honrados, respeitados, reverenciados e venerados por
vocês, alguma mudança na mente deles irá ocorrer e através dela o Mara Dusi
poderá encontrar uma oportunidade.” Venham, bhikkhus, permaneçam contemplando
as impurezas no corpo, percebendo o repulsivo no alimento, percebendo o
desencantamento com tudo no mundo, contemplando a impermanência em todas as
formações.’ [12]
19. “Assim, Senhor do Mal, quando aqueles bhikkhus,
assim aconselhados e instruídos pelo Abençoado Kakusandha, digno e
perfeitamente iluminado, foram para a floresta ou o pé de uma árvore ou uma
cabana vazia, eles permaneceram
contemplando as impurezas no corpo, percebendo o repulsivo no alimento,
percebendo o desencantamento com tudo no mundo, contemplando a impermanência em
todas as formações.
20. “Então, ao amanhecer, o Abençoado Kakusandha,
digno e perfeitamente iluminado, se vestiu e tomando a tigela e o manto externo
foi até o vilarejo para esmolar alimentos tendo o venerável Vidhura como
acompanhante.
21. “Então, Mara Dusi tomou posse de um certo menino
que, pegando uma pedra, acertou e fez um corte na cabeça do venerável Vidhura.
Com o sangue correndo da cabeça cortada, o venerável Vidhura seguiu de perto o
Abençoado Kakusandha, digno e perfeitamente iluminado. Então, o Abençoado
Kakusandha, digno e perfeitamente iluminado, se virou e olhou para ele com o
olhar do elefante: ‘Esse Mara Dusi não tem limites.’ E com aquele olhar, Senhor
do Mal, o Mara Dusi decaiu daquele lugar e reapareceu no Grande Inferno. [13]
22. “Agora, Senhor do Mal, há três nomes para o Grande
Inferno: o inferno das seis bases para o contato, o inferno da empalação com
estacas e o inferno para ser sentido por si mesmo. [14] Então,
Senhor do Mal, os guardiões do inferno vieram até mim e disseram: ‘Estimado
senhor quando uma estaca encontrar a outra no seu coração, então você saberá:
“Eu tenho estado assando no inferno por mil anos.”’
23. “Por muitos anos, Senhor do Mal, por muitos
séculos, por muitos milênios, eu assei naquele Grande Inferno. Por dez mil anos
eu assei no anexo do Grande Inferno, experimentando a sensação chamada emersão
da maturação. [15]
O meu corpo tinha a mesma forma que um corpo humano, Senhor do Mal, mas a minha
cabeça tinha a forma da cabeça de um peixe.
24. “Com
qual inferno pode ser bem comparado o local
onde Dusi assava, agressor
de Vidhura, o discípulo,
e do brâmane Kakusandha? [16]
Estacas de ferro, até cem em
número,
Cada uma sofrida
separadamente;
Esse inferno pode ser bem
comparado
Com o lugar aonde assava
Dusi agressor
de Vidhura, o discípulo,
e do brâmane Kakusandha.
Senhor do Mal, você tem
muito que sofrer
Por agredir esse bhikkhu,
Um discípulo do Iluminado
Que diretamente conhece esse
fato.
25. “No
meio do oceano
Há mansões que duram um
ciclo cósmico,
com o brilho das safiras, o
fulgor do fogo,
Com um claro brilho
transparente,
Onde ninfas do mar
iridescentes dançam
Em ritmos complexos e
intrincados.
Senhor do Mal, você tem
muito que sofrer...
Que diretamente conhece esse
fato.
26. “Eu
sou aquele, que exortado
Pelo Abençoado em pessoa,
Sacudi o Palácio da mãe de
Migara
Com o dedo, com a Sangha
observando. [17]
Senhor do Mal, você tem
muito que sofrer...
Que diretamente conhece esse
fato.
27. “Eu
sou aquele que, exercendo com firmeza a
Força dos poderes
supra-humanos,
Sacudi o Palácio Vejayanta
Com o dedo para estimular os
devas. [18]
Senhor do Mal, você tem
muito que sofrer...
Que diretamente conhece esse
fato.
28. “Eu
sou aquele que, naquele palácio,
Apresentei a Sakka esta
questão:
‘Você então compreende,
amigo, a libertação
Através da destruição do
desejo?’
Após o que Sakka então
respondeu
Corretamente a questão que
lhe foi perguntada. [19]
Senhor do Mal, você tem
muito que sofrer...
Que diretamente conhece esse
fato.
29. “Eu
sou aquele que pensou formular a
Brahma esta questão
no Salão Sudhamma no
paraíso:
‘Ainda pode ser encontrada
em você, amigo,
A idéia incorreta que você
uma vez aceitou?
Você vê no mundo de Brahma
Uma radiância com brilho
insuperável?’
Brahma então respondeu minha
questão
Corretamente e na seqüência
apropriada:
‘Não é mais encontrada em
mim,
Senhor, a idéia incorreta
que eu uma vez tive;
Eu vejo no mundo de Brahma
Uma radiância com brilho
superável
Eu renuncio à minha
afirmação anterior
De que sou permanente,
eterno.’ [20]
Senhor do Mal, você tem
muito que sofrer...
Que diretamente conhece esse
fato.
30. “Eu
sou aquele que, através da libertação,
Tocou o pico do Monte
Sineru,
Visitou a Índia e
Pubbavideha
E todas as regiões da terra.
[21]
Senhor do Mal, você tem
muito que sofrer
Por agredir esse bhikkhu,
Um discípulo do Iluminado
Que diretamente conhece esse
fato.
31. “Nunca
foi encontrado um fogo
Que intencionasse, ‘Que eu
queime o tolo,’
Mas um tolo que agride um
fogo
Queima a si mesmo através
das suas próprias ações.
Assim é com você, Oh Mara:
Por ter agredido o
Tathagata,
Como um tolo que brinca com
o fogo
Você só queima a si mesmo.
Por ter agredido o
Tathagata,
Você gerou muito demérito.
Senhor do Mal, você imagina
Que o seu mal não irá
frutificar?
Agindo assim, você acumula o
mal
Que irá durar por muito
tempo, Oh Senhor da Morte!
Mara, afaste-se do
Abençoado,
Não faça mais truques com os
bhikkhus.”
Assim o bhikkhu disciplinou
Mara
no Bosque de Bhesakala
Com o que o espírito sombrio
Desapareceu ali mesmo
naquele instante.
Abreviações:
MA Majjhima Nikaya Atthakatha
MT Majjhima Nikaya Tika
Notas:
[1] Esse nome significa “o
Corruptor” ou “o Corrompido.” Na concepção Budista do universo a posição de
Mara, tal como aquela de Maha Brahma, é fixa sendo que é assumida por distintos
indivíduos de acordo com o seu kamma. [Retorna]
[2] Kakusandha foi o
primeiro Buda a surgir no atual ciclo cosmológico chamado de “Era Auspiciosa.”
Depois dele vieram os Budas Konagamana e Kassapa, depois dos quais surgiu o
Buda Gotama. [Retorna]
[3] O nome significa “o
Incomparável.” [Retorna]
[4] Parece que aquele que
realiza a cessação não está sujeito a lesões ou à morte enquanto estiver nessa
realização. No Vsm XXIII, 37 é dito que essa realização protege da destruição
até mesmo as suas posses, como mantos e assento. [Retorna]
[5] O nome significa “o
Sobrevivente.” [Retorna]
[6] Isto é, fazendo com que
impurezas surjam nas mentes deles Mara conseguirá evitar que eles escapem de
samsara. [Retorna]
[7] MA faz um grande esforço
ao apontar que Mara não exerceu controle sobre as ações deles, em cujo caso
Mara sozinho seria o responsável e os brâmanes não teriam gerado kamma ruim
através das suas ações. Mais precisamente, Mara, fez com que os brâmanes
imaginassem cenas dos bhikkhus engajados em condutas impróprias e isso
despertou o antagonismo neles e os induziu a perturbar os bhikkhus. A intenção
de Mara ao fazer isso era despertar nos bhikkhus a raiva e a melancolia. [Retorna]
[8] “O Ancestral”, (bandhu),
é Brahma que era assim chamado pelos brâmanes porque eles o consideravam como
seu primeiro ancestral. MA explica que a crença entre os brâmanes era que eles
mesmos eram progênitos da boca de Brahma, os khattiyas do peito, os vessas
da barriga, os suddas das pernas e os samanas das solas dos pés.
[Retorna]
[9] Jhayanti pajjhayanti
nijjhayanti apajjhayanti. Embora individualmente os verbos não possuam um sentido
pejorativo, a seqüência tem a intenção óbvia de denegrir. No MN
108.26 os quatro verbos são usados para descrever a meditação
daquele cuja mente está obcecada com os cinco obstáculos. [Retorna]
[10] Os quatro brahmaviharas
são o antídoto apropriado para a hostilidade dos outros, bem como para as
tendências à raiva na própria mente. [Retorna]
[11] Desta vez a intenção de
Mara era fazer com que os bhikkhus fossem vítimas do orgulho, complacência e
negligência. [Retorna]
[12] MA menciona um sutta
(AN 7:46) que afirma serem essas quatro meditações antídotos respectivamente
para o desejo sexual, desejo por sabores, atração pelo mundo e a cobiça pelo
ganho, honra e elogio. [Retorna]
[13]MA: O olhar do elefante,
(nagapalokita), significa que sem torcer o pescoço, ele virou todo o
corpo para olhar. O Mara Dusi não morreu devido ao olhar do elefante do Buda,
mas devido ao kamma ruim que ele gerou ao fazer o mal a um grande discípulo, a
sua vida foi cortada no ato. [Retorna]
[14] O Grande Inferno,
também chamado Avici, é descrito em detalhes no MN 130.16-19. [Retorna]
[15] MA: Essa sensação,
experimentada no anexo, (ussada), do Grande Inferno, dizem ser mais
dolorosa do que as sensações experimentadas no próprio Grande Inferno. [Retorna]
[17] Isto se refere ao SN
51:14. [Retorna]
[20] Isto se refere ao SN
6:5. [Retorna]
[21] Este verso se refere à
maestria do Ven. Moggallana sobre o poder supra-humano de voar através do
espaço como um pássaro. [Retorna]