segunda-feira, 27 de novembro de 2017

do livro ainda sendo escrito

contentamento
contentamento pode ter vários significados
de que tudo no mundo está como realmente deve estar
então há um contentamento
e que o contente está como realmente deve estar
há o egoísmo
que algo particular em si mesmo ou no mundo ao seu redor o contenta
há o contentamente egocêntrico das coisas externas ou internas ou ambas
que descobriu-se o seu lugar no mundo e o seu papel e está bem feito
há o contentamento funcional ou utilitarista
que as coisas estão sempre melhorando mesmo e tudo terminará bem no final
há o contentamento comodista esperançoso
que o contente está lutando pelo seu lugar ou por um mundo melhor
há o contentamento do caracol ou da formiginha
que tudo está bem mesmo em meio ao kaos
e eu nem saberia dizer que tipo de contentamento seria este
enfim há vários tipos de contentamento e mais várias ainda as motivções
contentamento é apenas uma estupidez

mas há um contentamento verdadeiro
aquele que não depende de causa
aqule que não se baseia em um por quê
aquele que é livre de uma coisa ou situação ou pessoa
aquele que não depende de absolutamente coisa alguma
aqule que simplesmente é porque é contentamento
há o contentamento
onde ele está?
contentamento é apenas contentamento
e isto é contentamento





sem mais
mês algum
eu era
ué, e não?!
ia aos trancos
ai, como doeu!
há um lugar ao contrário
ah! uma esperança!








agora não é o mestre

um mestre zen nunca está contente
um mestre zen nunca está absorto
um mestre zen nunca está meditando
é absurdo

um mestre zen é absurdo
procure um mestre e nesse instante já estará perdido
só existe um mestre de verdade e só pode existir um mestre
não podem existir dois mestres
não podem existir dois budas

e você está perdido agora
mas agora está aqui
agora o encontrou
e agora não lhe diz o que tem que fazer
mas você encontrou o agora?






bastãozadas circulares

existe o mal
em sua mente existe o mal
tirar o mal da mente é fugir do mal
não dianta tirar o mal do mundo
se ele continuar na sua mente

é preciso destruir o mal
é preciso destruir a mente
é preciso destruir o mundo
é preciso destruir você

então o verdadeiro bem aparece
a verdadeira mente transparece
o mundo verdadeiro acontece
e o verdadeiro eu comparece
quando isto é realizado aquilo é destruído





CKRISTOAN

Cristo estava longe
subindo a ladeira
lá bem longe
na montanha azul

então eu corri e vi
Cristo virar sorrir
então não resisti
e desapareci

então caminhei com ele
e subindo a montanha
seus pés eram os meus
e seus passos eram os meus
então estava sorrindo no topo






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surfando kammas

POR QUE EU VOU RETER?
NÃO PODEREI PRODUZIR MUITO MAIS?
VOU DAR DE PRESENTE
MAIS UM INSTANTE FUGAZ
DE LEITURA PERTINENTE

SÃO OS SIGNIFICADOS
NOTE QUE LEU SIGNOS AO CERTO
E ENTENDEU IMAGENS E IDEIAS
NADA DISSO É CONCRETO
NEM NADA FEITO DE MATÉRIAS

NÃO HÁ O QUE SEGURAR
AS MATÉRIAS ESTÃO SE DESFAZENDO
AS IDEIAS MESMAS TAMBÉM FUGAZES
O TODO SE DISSOLVENDO
E UM VENDO UM FLUXO SEM BASES

QUAL É A SALVAÇÃO NESSE RIO CAUDALOSO?
QUE SE SAIBA A ONDA QUE É MAR E QUE SURFE NELA






sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Zen é uma Religião?

YAMADA Ryôun
Extraido do "Opening Comments" of Kyôshô (Sanbô-Zen's official magazine) 347, 2011 
Traduzido do japonês por CUSUMANO com assistência de  SATO Migaku e do inglês por Tony Gonzaga
O Zen não é uma religião. Esta é uma posição que mantive de forma contínua. Dizer que o Zen não é uma religião é dizer que o Caminho do Buda [butsudo] não é uma religião. No entanto, os conceitos religiosos invariavelmente estão entrelaçados com palavras como o Zen ou o Caminho de Buda. A maioria das pessoas não tem nenhum problema com a afirmação de que o Zen não é uma religião, mas acho que há muitos que têm algum problema com a afirmação de que o Buda não é uma religião. Por que o zen não é uma religião? Por que o Caminho do Buddha não é uma religião? Ao esclarecer essas questões ao mesmo tempo, eu gostaria de considerar a questão de por que os conceitos religiosos estão entrelaçados com os termos Zen e Caminho do Buda. Para apresentar essa discussão, devemos começar com a questão do que é uma religião. Mas é dito que as definições de religião são tantas quanto há especialistas nesse campo. Aqui, para os meus propósitos, utilizarei a definição dada no Kojien (um dos doutrinários padrão para a língua japonesa no Japão), que parece ser representativa. De acordo com o Kojien: "Religião significa atividades e fé em um deus ou algum tipo de ser sagrado, que é diferenciado de outros seres mundanos. E também se refere às estruturas relacionadas." Em outras palavras, fundamental para estabelecer a religião é reconhecer um ser que transcende o poder da natureza e dos seres humanos. E a partir disso pode-se dizer que a religião envolve fé nesse ser transcendente e atividades baseadas nessa fé.
Mas então, o que é Zen? Como sempre digo, o Zen é experimentar o verdadeiro eu e o esforço para personalizar esse verdadeiro eu que foi encontrado. Em termos simples, o Zen é a busca e o esclarecimento do verdadeiro eu. Não é exagero dizer que isso é o Zen na sua totalidade. O objetivo do Zen é, em última análise, o eu e nada mais exceto o eu. Deve ficar claro, então, que a religião, que começa pelo reconhecimento de um ser transcendente que transcende o eu e o Zen são entidades totalmente diferentes.
Mas e quanto ao Caminho de Buddha? Como escrevi na edição anterior, Buda e o caminho do Buda são formas de nomear o verdadeiro eu que foi descoberto. O verdadeiro eu que foi encontrado é realmente um com tudo o que é. O eu e todo o universo são originalmente um ser. Para diferenciar esse eu verdadeiro que foi encontrado do anterior, as palavras Buddha e Caminho do Buddha são usadas. Por todos os meios, quero que cada um de vocês não se esqueça de que Buda é outro nome para você mesmo.
Se alguém quer chegar ao ponto de distinguir Buda eCaminho de  Buda, pode-se dizer que Buda se refere ao verdadeiro eu e Caminho de Buda se refere às funções desse verdadeiro eu. No entanto, cada uma dessas expressões é nada além de uma descrição do verdadeiro eu. 
Mas por que os termos "Zen", "Buda", "Caminho do Buda" estão associados ao pensamento comum com a religião ou uma parte da religião? Eu acho que é porque o eu verdadeiro que foi encontrado, o eu real, está bem distante do eu ilusório que foi visto como o self até então. O fato de que todo o universo, tudo o que é e o eu são exatamente um e o mesmo, é algo muito distante do que alguém pensou sobre o self até então. Pois, aqueles que não encontraram o verdadeiro eu - essa é a maior parte de toda a humanidade - não podem conceber essa experiência de outra maneira senão a do self como uma espécie de ser completamente transcendente. E assim isso entraria no reino da religião.
E a principal razão pela qual o Caminho do Buda está sendo confundido com a religião é que aqueles que deveriam ser responsáveis ​​pela divulgação do verdadeiro Caminho do Buda - que são os monges dos templos e a grande maioria dos responsáveis ​​pelos templos - olham Buda como um ser transcendente e pregam aos outros para ter fé no Buda.
Em conclusão, o que separa aqueles que consideram o Zen ou o Caminho do Buda como uma religião, ou como algo livre de religião, é a presença, ou ausência, de uma clara descoberta experimental do verdadeiro eu. Pode-se dizer que ser livre de religião significa passar da fé à busca e descoberta da verdade da existência e ao processo em que o Zen e as ciências naturais se aproximam cada vez mais. Nesse sentido, a missão do Sanbô-Zen é des-religiosar o Zen.
As palavras de Koun Roshi expressam isso perfeitamente. "Os cristãos que fazem Zazen podem se tornar melhores cristãos. Os muçulmanos podem se tornar melhores muçulmanos".


Aviso

Em breve este blog será extinto. Quero pedir a todos que seguem e ou que gostam desse blog que passem a seguir o amigosdobudismoemsergipe.blogspot.com.br que será o local nosso onde continuaremos nossas publicações. 
Espero lá contar a vocês o motivo disso que será na verdade a unificação dos dois inclusive com a re-publicação dos artigos deste que estão corretos e devem nos interessar.