O terceiro elemento do nobre caminho óctuplo é
decerto um dos mais difíceis na prática, visto que na vida cotidiana estamos
acostumados a falar mecanicamente, e de acordo com nossas emoções sem se
importar muito com a consequência do que falamos e de como falamos na mente dos
outros nem na nossa própria. Muitas vezes estimulamos as emoções negativas ou
desenvolvemos o estresse a partir de nossa própria falação.
A fala correta é a
abstenção de quatro maneiras de falar incorretas e a adoção de cinco modos ou
motivações corretas da fala, como se verá. O que o praticante provavelmente
notará no início, quando começar a por a atenção na maneira como fala, é que é
realmente ele que fala? Ou seja, é comum notar que fala de modo automático, sem
atenção. Se gravar a si mesmo durante um dia inteiro com certeza se
surpreenderá com o que ouvirá dizer e com seu tom de voz também. Inutilidades,
hostilidade e agressões, fofoca, emoções negativas, grosseria, ofensas,
mentiras, calúnia, sarcasmo, crueldade, etc. enfim tudo isso deve ser notado.
Se tentarmos medir sinceramente a consciência com que usamos a fala e as
consequências dela na mente de outras pessoas e na nossa mesmo o resultado pode
ser assustador.
Uma especial atenção é
dada no budismo à mentira, pois aquele que é capaz de mentir é capaz de cometer
qualquer ato inapropriado e mentir sobre isso para escondê-lo sem ter que
passar pela vergonha, apreensão, censura, ou mesmo consequências mais graves
advindas desse ato. Isso torna a pessoa facilmente desonesta, dissimulada,
falsa e esse tipo de atitude corrompe não só a mente de quem pratica, mas causa
a desarmonia em todo o ambiente e em todas as relações. Mentir é primazia para
a desonestidade e toda ação ilícita. O mentiroso pode fazer qualquer coisa sem
se preocupar em prestar contas. A mentira destrói a integridade de uma pessoa e
de um povo.
Outro aspecto
importante dos danos causados pela mentira quanto à prática budista é que
aquele que é capaz de mentir para os outros é primeiramente capaz de mentir
para si mesmo. Isso é um nível bem mais sutil de observação, mas que devemos
encarar com sinceridade, atenção e desprendimento, pois a prática nos levará a
perceber como a mentira exige mais esforço, como rouba nossas energias e nos
leva ao estresse; quão caro pagamos para sustentar uma mentira, mas como por
outro lado, em muitos casos ela já está tão sutilmente condicionada que escapa
de nós automaticamente. Isso já seria uma auto enganação, mas, além disso,
realmente por vezes a mentira engana por completo até ao mentiroso. Como diz o
ditado “mente melhor quem mente para si mesmo”, ou seja, convence melhor quem
acredita na própria mentira. Isso está na base de toda corrupção, de toda
falsidade, de todo engano, mesmo que num nível muito oculto de consciência ou
do crivo de nossa autocrítica, entretanto sempre nos enganamos também de alguma
forma quando mentimos.
Mas em muitos outros aspectos, mentimos para nós
mesmos, consciente ou inconscientemente. O problema maior a princípio é que
geralmente não percebemos isso ou fazemos vista grossa. Aqui o praticante pode
até notar outro mal causado pela fala incorreta, o constante diálogo interior
tentando criar mentiras e justificativas para os outros e até para si mesmo, que
toma seu tempo, energia, e trás à tona emoções desgastantes, etc. E de tal
forma exercitamos esse comportamento, já tão automatizado, que às vezes não
mentir para si mesmo ou para os outros exige mais esforço e vigilância. O mal
desse exercício de longos anos, em mentir, é bom novamente ressaltar, é que
automaticamente também se mente para si e nem percebe.
Outro ponto importante a se notado é que o segundo
elemento do caminho óctuplo pede mais exame e mais atenção por parte do
praticante. Ele requer uma maior intencionalidade na tarefa, portanto é uma
tarefa mais consciente e mais enérgica ainda. É preciso aqui maior força aqui,
e isso passa por dois processos, energia e decisão. É preciso vontade e decisão
por abandonar a linguagem incorreta, o que a principio exige esforço, e em
adotar a linguagem correta o que exige o exame. O exame da fala pode
aparentemente (ou hipoteticamente) ser fácil, mas todos os que já começaram
sabem que na prática se mostra justamente o contrário, na verdade a fala é bem
mais rápida do que a consciência dela. Não é incomum notar que a consciência da
fala geralmente vem depois, e o pior é que às vezes até horas depois. Assim a
fala também é uma importante ferramenta que nos mostrará a triste realidade de
nossa inconsciência e de como simplesmente reagimos automaticamente a tudo de
acordo com nossos condicionamentos e com nosso kamma.
Mais um elemento importante traduzido aqui como
linguagem maliciosa e em algumas outras traduções como fofoca, merece uma
atenção redobrada. Falar sobre alguém ou contar um detalhe de algum
acontecimento que envolve uma pessoa a outra, ou mesmo de um acontecimento
pessoal, mas que envolve outra pessoa, se torna muitas vezes uma atitude comum
em nossa cultura e um hábito, que de fato é nocivo em nossa mente. As pessoas
costumam falar de histórias e de outras pessoas e muitas vezes não se dão conta
que podem estar levando uma informação sobre uma pessoa que esta não gostaria
que fosse levada, ou mesmo por vezes divulgando algo que lhe foi confiado, etc.
E mesmo por vezes não se percebe o quanto se pode estar distorcendo ou
exagerando os fatos.
Então esses elementos podem estar bem emaranhados,
mas devem ser observados. Por exemplo, a fofoca, pode comumente conter
elementos de exagero, de calúnia, então já é também mentira; pode vir carregada
de elementos emocionais, palavras duras, xingamentos, agressividade, já
envolvendo a fala grosseira, e cada elemento desses podendo levar a outro. Pode
ser também o contrário, que esses elementos estejam tão diluídos no discurso
que a pessoa não sinta que está praticando a fala incorreta ou grosseira. Ela
pode assim ser tão sutil ou costumeira que já está banalizada e a pessoa já
sinta que aquilo é sua personalidade e que não fez nada demais ou que todo
mundo faz assim, etc. não vendo que isso é o começo de todo inferno e toda rede
de intrigas. Isso pode se dá no nível do que se fala, se é mentira, calúnia,
fofoca, futilidades, etc. e de como se fala, se se usa de uma linguagem áspera,
um tom de voz agressivo, palavras que incomodam ou mesmo de baixo calão. Talvez
justamente esses, em que já se banalizou ou considera inofensivo, constituam os
casos mais graves e mais difíceis de serem modificados.
A fala inadequada também passa pela linguagem
frívola, o simples falar por falar como se verá, e inclui, em todos os casos, a
ideia do saber; e de saber se abster quando não sabe. Isso pode passar batido
quando vivemos hoje numa sociedade onde a opinião sobre tudo é exigida como se
fosse algum saber ou mesmo sabedoria e as pessoas sentem-se tentadas a todo
instante de opinar sobre o que não sabem ou ter uma ideia formada sobre coisas
que não entendem, o que leva a emitir opiniões que serão de alguma forma
mentira ou fofoca ou outra forma de fala incorreta. Isso contrasta com
sociedades onde o verdadeiro saber e a informação correta é valoriza, como na
Grécia antiga ou na Índia antiga, onde até a palavra correspondente a “opinião”
geralmente significava apenas a palavra inútil de quem não sabe. Vivemos numa
cultura onde a informação aleatória, desconexa e descontextualizada é mais
requisitada como referencial e a exigência absurda de uma opinião sobre toda e
qualquer, pode fazer com que as pessoas falem muito sobre o que não sabem com
medo de se sentirem ridicularizadas ou alienadas. Nesse ponto talvez possamos
apontar, com chance de errar, que vivemos realmente numa “sociedade” doente.
O entendimento vem primeiro identificando qual a
fala correta e qual a fala incorreta naquilo fala e como fala. Depois disso vem
o esforço para abandonar a fala incorreta e adotar a linguagem correta da
maneira como é explicado, e com atenção plena correta, com vigilância.
Buda ensina não apenas o que é a linguagem
incorreta e como se abster dela. Ele ensina também o que é a linguagem correta
e os critérios para o saber vale a pena falarmos. Ele também ensina a postura
mental que devemos ter diante daquilo que vamos falar para que possamos evitar
o nosso sofrimento e o dos outros, além de outras consequências nocivas. E
ainda detalha mais sobre a fala correta. O leitor atento a cada tópico do texto
e refletindo a cerca do cada sub tópico e do seu detalhamento, compreenderá
logo a importância crucial da fala correta para o seu benefício e de todos e de
todo o ambiente ao seu redor. Mas muito mais ainda compreenderá e se
beneficiará quando não simplesmente ler e refletir, mas levar o ensinamento ao
campo da experimentação, levar à prática e descobrir por si mesmo os resultados
desse terceiro elemento do caminho óctuplo.
Linguagem
Correta
Samma
Vaca
Linguagem Correta é o terceiro
dos oito elementos do Nobre
Caminho Óctuplo e, pertence ao grupo da virtude
Definição
"E o que é a linguagem correta? Abster-se
da [1] linguagem mentirosa, da [2] linguagem maliciosa, da [3] linguagem
grosseira e da [4] linguagem frívola. A isto se chama linguagem
correta."
Cinco elementos para a linguagem
correta
“Bhikkhus, um enunciado dotado com estes cinco
elementos é bem falado, não é mal falado. Não será passível de crítica e
censura pelos sábios. Quais cinco?
“É falado no [1] momento apropriado. [2] Contém a
verdade. [3] Falado com afeição. [4] Falado para trazer benefício. [5] Falado
com a mente plena com amor bondade.”
O perigo em mentir
"Para a pessoa que transgrede em uma coisa, eu
lhes digo, não haverá nenhum mal que não possa ser cometido. Qual coisa? Isto:
dizer uma mentira de forma deliberada."
A pessoa que mente,
que transgrede nessa única coisa,
sem tomar em conta o próximo mundo:
não existe mal
que ela não possa cometer.
Auto purificação através da
cuidadosa escolha da linguagem
" E como alguém se torna puro de quatro
formas pela ação verbal? É o caso em que alguém, abandonando a linguagem
mentirosa, [1] se abstém da linguagem mentirosa; tendo sido chamado para uma
corte, uma reunião, um encontro com seus parentes, com a sua corporação, com a
família real, se assim for questionado como testemunha: 'Então, bom homem, diga
o que você sabe,' se ele não souber, dirá, 'Eu não sei'; se ele souber, dirá,
'Eu sei'; se ele não viu, dirá, 'Eu não vi'; se ele viu, dirá, 'Eu vi'. Assim
com plena consciência ele não conta mentiras em seu próprio benefício, pelo
benefício de outros ou para obter algum benefício mundano insignificante.
Abandonando a linguagem maliciosa, ele [2] se abstém da linguagem maliciosa; o
que ouviu aqui ele não conta ali para separar aquelas pessoas destas, ou, o que
ouviu lá ele não conta aqui para separar estas pessoas daquelas; assim ele
reconcilia aquelas pessoas que estão divididas, promove a amizade, ele ama a
concórdia, se delicia com a concórdia, desfruta da concórdia, diz coisas que
criam a concórdia. Abandonando a linguagem grosseira, ele [3] se abstém da
linguagem grosseira. Ele diz palavras que são gentis, que agradam aos ouvidos,
carinhosas, que penetram o coração, que são corteses, desejadas por muitos e
que agradam a muitos. Abandonando a linguagem frívola, ele [4] se abstém da
linguagem frívola. Ele fala na hora certa, diz o que é fato, aquilo que é bom,
fala de acordo com o Dhamma e a Disciplina; nas horas adequadas ela diz
palavras que são úteis, racionais, moderadas e que trazem benefício. Assim é
como alguém se torna puro de quatro formas pela ação verbal.
Sua relação com os demais
elementos do caminho
"E como é que o entendimento
correto vem primeiro? A pessoa compreende a linguagem
incorreta como linguagem incorreta e linguagem correta como linguagem correta.
E o que é linguagem incorreta? Linguagem mentirosa, linguagem maliciosa,
linguagem grosseira e linguagem frívola: isto é linguagem incorreta.
O critério para decidir aquilo
que vale a pena ser dito
[1] "No caso de palavras que o Tathagata sabe
que não correspondem aos fatos, inverdades, não trazem nenhum benefício (ou não
estão conectadas com o objetivo), antipáticas e desagradáveis para os outros,
ele não as diz.
[2] "No caso de palavras que o Tathagata sabe
que são fatuais, verdadeiras, não trazem nenhum benefício, antipáticas e
desagradáveis para os outros, ele não as diz.
[3] "No caso de palavras que o Tathagata sabe
que são fatuais, verdadeiras, benéficas, porém antipáticas e desagradáveis, ele
possui o bom senso do momento correto de dizê-las.
[4] "No caso de palavras que o Tathagata sabe
que não correspondem aos fatos, inverdades, não trazem nenhum benefício porém
são simpáticas e agradáveis para os outros, ele não as diz.
[5] "No caso de palavras que o Tathagata sabe
que são fatuais, verdadeiras, não trazem nenhum benefício, porém são simpáticas
e agradáveis para os outros, ele não as diz.
[6] "No caso de palavras que o Tathagata sabe
que são fatuais, verdadeiras, benéficas, e simpáticas e agradáveis para os
outros, ele possui o bom senso do momento correto de dizê-las. Por que isso?
Porque o Tathagata tem compaixão pelos seres vivos."
Usemos palavras
que não nos causem dor
nem que tormentem os outros:
essas são as palavras bem faladas.
Usemos palavras agradáveis,
que alegrem as pessoas.
Sem recorrer a palavras más.
Reflita acerca da sua linguagem
antes, durante e após falar...
[O Buda fala com seu filho, Rahula:] “Rahula,
quando você quiser praticar uma ação verbal, você deveria refletir a respeito:
'Esta ação verbal que quero praticar - conduzirá à minha própria aflição, à
aflição de outros, ou ambos? É uma ação verbal sem habilidade, com consequências
dolorosas, resultados dolorosos?' Se, refletindo, você sabe que conduzirá à sua
própria aflição, à aflição de outros, ou ambos; será uma ação sem habilidade
com consequências dolorosas, resultados dolorosos, então qualquer ação verbal
desse tipo é totalmente inadequada. Porém se refletindo, você sabe que não
causará aflição...será uma ação habilidosa com felizes consequências, felizes
resultados, então qualquer ação verbal desse tipo é adequada.
"Também, Rahula, enquanto você estiver
praticando uma ação verbal, você deveria refletir a seu respeito: 'Esta ação
verbal que estou praticando - conduzirá à minha própria aflição, à aflição de
outros, ou ambos? É uma ação verbal sem habilidade, com consequências
dolorosas, resultados dolorosos?' Se, refletindo, você sabe que conduzirá à sua
própria aflição, à aflição de outros, ou ambos...você deveria desistir dela. Porém
se refletindo você sabe que não é...você pode continuar com a ação verbal.
“Também, Rahula, tendo praticado uma ação verbal, você
deveria refletir a respeito... se, refletindo, você sabe que conduziu à sua
própria aflição, à aflição de outros, ou ambos; foi uma ação sem habilidade com
consequências dolorosas, resultados dolorosos, então você deveria confessá-la,
revelá-la, abri-la para o Mestre ou um sábio companheiro na vida santa. Tendo
confessado...você deve exercer contenção no futuro. Porém se refletindo você
sabe que não conduziu à aflição...foi um ação verbal habilidosa com consequências
felizes, resultados felizes, então você deveria se sentir mentalmente renovado
e contente, treinando dia e noite nos estados benéficos.
Tipos de linguagem que deve ser
evitada por contemplativos
"Enquanto que alguns sacerdotes e
contemplativos, vivendo de alimentos dados em boa fé, estão habituados a falar
de tópicos inferiores tais como estes – falar sobre reis, ladrões, ministros de
estado, exércitos, alarmes e batalhas; comida e bebida, roupas, mobília,
ornamentos e perfumes, parentes; veículos; vilarejos, vilas, cidades, o campo;
mulheres e heróis; as fofocas das ruas e do poço; contos dos mortos; contos da
diversidade (discussões filosóficas do passado e futuro), a criação do mundo e
do mar e falar sobre a existência ou não das coisas – ele se abstém de falar de
tópicos inferiores tais como esses. Isto, também, é parte da sua virtude.
"Enquanto que alguns sacerdotes e
contemplativos, vivendo de alimentos dados em boa fé, estão habituados a
debates tais como estes – ‘Você entende
esta doutrina e disciplina? Eu sou
aquele que entende esta doutrina e disciplina. Como pode você entender esta
doutrina e disciplina? A sua prática é incorreta. Eu pratico corretamente. Eu
sou consistente. Você não é. O que deve ser dito primeiro você fala por último.
O que deve ser dito por último você fala primeiro. O que lhe tardou tanto tempo
para pensar foi refutado. A sua doutrina foi derrubada. Você está derrotado. Vá
e tente salvar a sua doutrina; solte a si mesmo se você puder!' – ele se abstém
de debates tais como estes. Isto, também, é parte da sua virtude."
Dez tópicos saudáveis de
conversação
"Existem esses dez tópicos [adequados] de
conversação. Quais dez? Falar sobre [1] ter poucas necessidades, sobre [2] a
satisfação, sobre [3] o isolamento, sobre [4] não estar enredado, sobre [5] estimular
a energia, sobre [6] a virtude, sobre [7] a concentração, sobre [8] a sabedoria, sobre [9] a libertação, e sobre [10] o
conhecimento e a visão da libertação. Esses são os dez tópicos de conversação.
Se vocês conversassem repetidamente sobre esses tópicos de conversação, vocês
ofuscariam até o sol e a lua com o seu brilho, tão forte, tão poderoso - para
não dizer nada dos errantes de outras seitas."
Como chamar a atenção de [‘corrigir’]
alguém de maneira hábil
"Bhikkhus, um bhikkhu que deseja chamar a
atenção de um outro deve fazê-lo após investigar cinco condições nele mesmo e
depois de estabelecer cinco outras condições nele mesmo. Quais são as cinco
condições que ele deveria investigar nele mesmo?
[1] "Sou aquele que pratica a pureza nas ações
corporais, sem defeitos, imaculado...?
[2] "Sou aquele que pratica a pureza nas ações
verbais, sem defeitos, imaculado...?
[3] "O coração com boa vontade, livre de
malícia, está estabelecido em mim em relação aos companheiros da vida santa...?
[4] "Sou ou não sou aquele que já ouviu muito,
que mantém na mente aquilo que ouviu, que memoriza aquilo que ouviu? Esses
ensinamentos que são bons no início, bons no meio, bons no final com o correto
fraseado e significado e que revelam uma vida santa que é perfeita e imaculada
- esses ensinamentos foram ouvidos muito por mim, memorizados, investigados e
compreendidos através da sabedoria...?
[5] "O Patimokkha [regras de conduta para
bhikkhus e bhikkhunis] está em sua totalidade memorizado, bem analisado com
profundo conhecimento do seu significado, claramente dividido sutta por sutta e
conhecido nos seus mínimos detalhes...?
"Essas cinco condições devem ser investigadas
nele mesmo.
"E quais outras cinco condições que devem
estar estabelecidas nele mesmo?
[1] "Falo no momento correto, ou não?
[2] "Falo acerca de fatos, ou não?
[3] "Falo de maneira gentil ou rude?
[4] "Falo palavras úteis ou não?
[5] "Falo com o coração gentil ou internamente
existe malícia?
"Bhikkhus, essas cinco condições devem ser
investigadas nele mesmo a as últimas cinco devem ser estabelecidas nele mesmo
pelo bhikkhu que deseja chamar a atenção de um outro."
-- AN V (Do ‘The Patimokkha’, tr. Ñanamoli Thera)
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